quinta-feira, 17 de abril de 2008

Twitter

Pensado e criado em apenas duas semanas (em S. Fancisco no ano de 2006), o Twitter tem revolucionado a vida de milhões de pessoas a nível global. Este programa, iniciado com uma página de grandes dimensões, de cores simples e apelativas, concede a todos os utilizadores o privilégio de adicionar ou remover os seus amigos da sua página pessoal.

Não só permite-nos manter conectados com os nossos colegas e saber sempre as suas actualizações (adição de novas fotos, nova informação, etc.), como também permite-nos enviar mensagens directas. É ainda permitido personalizar a página ao gosto de cada um. Como grande vantagem, o Twiter é uma plataforma independente. Assim, tanto os cibernautas que detenham o Windows ou um Mac, podem-se manter actualizados.

No entanto, o uso deste programa banalizou-se e passou a ser bastante discutido pela carência de conteúdo relevante nas mensagens enviadas. Perguntas como: "Que estás a fazer?" ou "Estou à espera que a casa de banho fique desocupada" enchem as vias de comunicação da web.
São assim mensagens curtas (onde apenas são permitidos 140 caracteres), transmitidas pela net (no próprio programa, via e-mail) ou pelo telemóvel (o que demonstra o exagero desta nova tecnologia) que ocupam os tempos livres (ou não) dos seus diversos utilizadores.


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Web 2.0 – Controladores da Era da informação ou Marketing?

“A Net tem, obviamente, enormes potencialidades, de lazer e informação, por exemplo. Mas convém, agora que temos esse poderosíssimo instrumento ao nosso dispor, estarmos conscientes dos seus limites.”

João Morgado Fernandes in “Diário de Notícias” a 30/12/2006




O que é a Web? Todos a conhecem mas quando se trata de discutir este tema, na realidade, poucos o sabem definir. Ainda que desactualizados sob o significado deste termo, aparece-nos agora a Web 2.0 que nos vem baralhar e ajudar as nossas vidas uma vez mais.

O termo “Web 2.0” foi criado em 2003 a partir de diversas discussões entre a empresa americana O´Reilley e MediaLive International – empresas especializadas na área da computação. Dale Doughherty, vice presidente da O´Reilley, denotou que durante uma grande crise da Internet, muitas empresas conseguiram não só ultrapassá-la, mas também partilhavam diversos traços comuns. Deste modo nasceu a Conferência Web 2.0, onde especialistas inquiriam se este colapso traria, ou não, uma nova era da Internet. Esta definição tem gerado muita controvérsia pelo simples facto de não ter uma definição explícita.
O principal objectivo do seu criador - Tim O´Reilley -, passa pelo aproveitar da estrondosa aderência à Web. Segundo o autor, aproveitamos “(...) a inteligência colectiva”, conseguindo melhorar aplicativos (determinado software) quanto mais vezes forem utilizados. O usuário passa a participar directamente no proceso de criação.





No entanto, esta revolução não deixa de ser alvo de críticas. Tim Berners-Lee, criador da www, afirma que esta nova versão da Web utiliza componentes tecnológicas criadas muito antes da própria Web ter nascido. Outros declaram que esta é apenas uma técnica de marketing. Vago, subjectivo e abrangente, são muitos atributos que acompanham este termo diariamente.
Não obstante às críticas, a Web 2.0 trouxe um aumento exponencial de conteúdo na Internet; permitiu que utilizadores que antes não publicariam informação devido à complexidade das ferramentas disponíveis, agora o façam rápida e rotineiramente. Assim, as interfaces (soma dos aspectos com os quais os usuários se relacionam com o programa de computador em questão, fornecendo métodos de entrada e saída) obtiveram conteúdo muito mais substancial. Os programas encontram-se agora abertos para todos.

Destaca-se o termo “folksonomia” que caracteriza a nova forma de denominação de sites. Apostando em palavras-chave que sejam facilmente associadas a um site, estes tags transportam-nos rapidamente para o mesmo (o Delicious é um exemplo de um site que utiliza o tagging).

Um outro conceito que está associado à Web 2.0, é o “Beta perpétuo”. Aqui os programas são constantemente melhorados devido à participação activa dos seus utilizadores.
O termo Consumer Generated Media (CGM), caracterizado pelo conteúdo criado e divulgado pelo usuário, encontra-se presente em comentários, blogs, fotologs, grupos e sites participativos (como é o caso do YouTube e da Wikipédia). O CGM tem somando muita mais populariedade que os media tradicionais (como a televisão, a rádio e a imprensa).

O link RSS (really simple syndication) nascido em 1997, permite que os utilizadores de uma página façam assinaturas de forma a não precisarem de acessá-las constantemente para verificação de informação nova. A assinatura permite assim que o utilizador seja notificado sempre que haja mudança de conteúdo da página pretendida.

A web 2.0 tem somando cada vez mais o número de aderências, pelo facto de esta ser vista, também, como uma nova forma de lucro. Aqui, as empresas depositam os seus produtos que individualmente venderiam pouco, juntamente com outros semelhantes, redobrando o número de vendas. São utilizados também serviços, venda de espaço de publicidade, e outros com este fim.

No que concerne ao Jornalismo, a web 2.0 deu opurtunidade para um aumento de participação dos antigos “leitores comuns” (que agoram passam a editores) e melhor hierarquização da informação (os utilizadores votam nos melhores artigos segundo os seus parâmetros). Um óptimo exemplo da aplicação desta tendência é o site Digg, que permite aos leitores registarem publicações noutros sites.

São vários os programas e ferramentas que constituem a Web 1.0 e a Web 2.0. Para melhor percepção das verdadeiras intenções desta nova plataforma, é necessário defini-las:

· Netscape versus Google
A Netscape, segundo Tim O´Reilley, viu a web como uma plataforma. Ou seja, havia o navegador que tudo governava e visava o lucro como objectivo máximo. A Google, ao invés, iniciou-se como uma nova aplicação da web que nunca foi vendida, nunca teve prazos marcados para lançamento de software, licenças ou vendas. Usava-se a net, faziam-se aperfeiçoamentos constantes formando uma base de dados especializada.

· DoubleClick versus Overture e AdSense
A DoubleClick, como a Google, tem como característica principal o geracionamento de dados. Sendo uma estreante em serviços web, esta obriga aos seus utilizadores a concordarem com um contracto formal de venda. Apenas deste modo, este site consegue angariar as grandes empresas que traz lucro. Destaca-se pelo renegar dos anúncios como os banners e os popups, salientando-se textos pouco invasivos.

Relativamente à eBay, podemos vender e comprar toda uma gama variada de produtos, abrangendo todos os preços. Este site funciona apenas como um intermediário e cresce conforme a resposta do usuário (caso queira vender, comprar ou divulgar opiniões). A já fechada Napster revolucionou o mundo da música pelo facto de qualquer downloader poder tornar-se também um servidor aumentando, mais uma vez, a rede.
Akamai versus BitTorrent

Semelhante à DoubleClick, a Akamai especializa-se em negócios com grandes empresas e seus sites, retirando daí a sua maior parte do lucro. Não obstante, não deixa de beneficiar os sites mais fracos que queiram ascender aos do topo. Esta necessita obrigatoriamente de adicionar servidores para aperfeiçoar o seu serviço. Já o BitTorrent aposta no princípio de igualdade tão característico da Web 2.0. Aqui, cada cliente é um servidor podendo aumentar a banda larga e fornecer dados a outros clientes.

Hiperlinks
Comando que nos permite, ao clicarmos, entrar num novo site, abrir um arquivo ou iniciar um programa. Os hiperlinks são considerados fundamentais para a rede pela sua funcionalidade e por aumentarem as deslocações dos usuários, como forma de divulgação. Normalmente apresentam uma frase sublinhada a azul embora possam ter a aparência que desejamos (incluindo imagens).

Yahoo!
Extremamente funcional e interessante, o Yahoo! proporciona-nos uma série de links de trabalhos seleccionados pelos utilizadores, como sendo os melhores ou os seus preferidos. Este site também aposta na criação de diversos tipos de conteúdo.

PageRank
Caracterizada como o líder de busca da Google, a PageRank utiliza como que um catálogo de links da rede, em vez de apenas utilizar as caracteríticas dos documentos.

Amazon
Distingue-se pela existência de suplementos dos seus produtos. Ou seja, os fornecedores da Amazon disponibilizam descrições, imagens de capa e conteúdo editorial não só como técnica de vendas, mas também para maior e melhor informação sobre o produto em causa. Destaca-se ainda por utilizar as actividades dos seus usuários com o objectivo de melhorar o seu motor de busca. Assim os seus concorrentes (como a Barnesandnoble.com) sentem difucldades em conseguir posicionarem-se no mercado de vendas on-line.

Wikipedia
Enciclopédia on-line que demonstra a democratização da nova web pelo facto de qualquer pessoa poder publicar e aceder a informação. Embora tenha uma popularidade imensa, não pode ser considerada muito fiável em termos de fontes.

Mashups
É considerado um serviço com a máxima de combinar dois aplicativos diferentes para a Internet. São experiências recentes promovidas por hackers, no entanto têm vindo a ser adoptados por empresas.

Wikis
Páginas colectivas na Internet onde apenas os seus constituintes podem modificar o seu conteúdo.

Ajax
São várias tecnologias utilizadas com o fim de criar aplicativos interactivos para a Web.

Blog
De baixo custo com a sua publicação na Web, estes pequenos diários pessoais encontram-se disponíveis para milhões de usuários. Aqui pode-se depositar informação textual, fotográfica, audiovisual, hiperligações, etc.

Flirck
Site da Yahoo! onde se colocam e partilham fotografias. Sendo uma rede social, é também permitido a criação de álbuns de armazenamento das imagens supracitadas.

· Google Maps: forma gratuita de pesquisa de mapas e imagens de satélite da Terra. É parte integrante da Google.

· iTunes: reprodutor e organizador de aúdio e vídeo desenvolvido pela Apple. Este programa também permite a compra de arquivos de música digital através do gestor de direitos FairPlay.

Estes são considerados os grandes pilares desta nova Web pelos vários conceitos que transmitem: interactividade, dinamismo, simplicidade e reutilização. No que toca ao último ponto, há que ter em conta a privacidade e direitos dos autores limitando, de certa forma, a cópia dos conteúdos.

Mais sites consultados:

http://www.youtube.com/

http://hrcastro.wordpress.com/2006/12/04/educacao-precisa-de-mais-web-20-diz-mit/

http://www.paulgraham.com/