segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A descoberta

Duas vezes foi interrogado pela PIDE - em 1965 e 1969 respectivamente. Na segunda vez, foi-lhe comunicado que tinha que ir para Angola exercer as funções de enfermeiro. Tal notícia veio-lhe destruir os planos de fuga para França, “mas como ia para enfermeiro pensei duas vezes: Não, eu não vou matar ninguém”.

Da experiência de guerra sublinha a solidariedade que gritava mais alto que a tensão diária e a sua própria descoberta, contando com a ajuda das drogas leves e da música. “Sabia que se não perdesse esse tempo comigo ia ser um frustrado para toda a vida. (...) Vi que era tão pequenino como um grão de areia (...) que era grande como um grão de areia”. No entanto, sempre se questionou sobre a sua pactuação com a guerra - “Mas afinal o que é que eu estou aqui a fazer? Estou a defender o quê? A minha pátria? A minha pátria é a Cividade! É a Sé, é Braga, é Portugal. Agora Angola?! Bah!”

Participou na crise académica de 69 em Coimbra, como representante da academia bracarense. Tinha acesso a notícias relativas à capital, como declara: “ele [José Manuel Barbosa] trazia o Avante e metia-o por detrás do autocolismo do Astória”. Já o 25 de Abril não foi novidade. Sempre actuou contra o regime, mas “de mansinho”.

Depois, durante 4 anos “era o dolce fare niente. As cartas é que me davam o sustento”.

Adora o teatro. Embora o faça por satisfação pessoal, não o concebe sem o público. Adora trabalhar com duas e três gerações diferentes enquanto ensaia com o grupo PIP´H (Produções ilimitadas Fora d´Horas), adora "Sinto-me tão vaidoso, é quase indescritível”. Sempre com a pronúncia nortenha bem incutida, declama “a maior baboseira com a mesma veemência com que diria um texto de Shakespeare”. Não concebe a linguagem corporal mais importante que a textual; "a intenção é que conta no teatro”.
Não tem medo da morte embora a dor assuste-o bastante. Não tem remorsos nem grandes traumas. Apenas quer viver e ser feliz.






domingo, 30 de novembro de 2008

Biografia: Camilo, um bom homem

Figura emblemática de Braga. Eterno revolucionário. Bon vivant. Animador cultural de profissão. Actor e presidente das Produções Ilimitadas Fora d´Horas. Camilo Silva. Um bom homem.

O início rebelde

Camilo Silva nasceu a 6 de Junho de 1947. Nasceu e há-de morrer (espera), em Braga.

Camilo é filho de um “guarda-livros e sócio de bicicletas e motorizadas” e de uma modista. Nasceu em casa com “a ajuda da menina Nazaré”, tal como os seus quatro irmãos. “E pelo o que diz a minha mãe, eu nasci de cu. Disse logo que eu ia ser artista”. Com a bênção da lua, Camilo correu Portugal por motivos principalmente lúdicos.

O próprio panorama político da altura, tal como Camilo justifica, foi o principal motor para o fortalecimento dos laços de solidariedade e amizade no grupo que integrava. Desde pequeno habituou-se “a viver situações que não eram minhas mas que eu tomava como minhas porque eram muito próximas”. Sempre curioso, procurava ouvir as histórias mais insólitas acompanhadas por caldo verde, vinho tinto e alheiras.

Foi na Escola Secundária Sá de Miranda, uma das escolas que pontificava o ensino na altura, que estabeleceu os primeiros contactos com a política. “Até nisso o fascismo conseguia estabelecer as diferenças entre os filhos dos pobres ou remediados e os filhos dos ricos – os remediados iam para a escola e os ricos iam para o liceu.” Com 15 anos, começou a ter consciência do regime. Foi quando aprofundou os seus estudos em Filosofia, começou a questionar o fascismo Salazarista e a distanciar-se da religião. As músicas de Zeca Afonso, as acções de Manuel Alegre e a oferta da capa e da batina pelo seu pai foram o motor de arranque revolucionário de Camilo Silva.

“O liceu de Braga tinha um privilégio: por decreto das repúblicas de Coimbra, os alunos dos anos complementares do liceu podiam usar capa e batina exactamente igual á de Coimbra”. A capa tinha uma dupla significação: protecção e maioridade. Dessa forma, Camilo teve a vida boémia muito mais facilitada. “Nós não pedíamos boleia a qualquer carro. Seleccionávamos”.



sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ciberjornalismo

A Internet é uma das muitas ferramentas fulcrais para o trabalho diário de um jornalista. Não só pela enorme quantidade de informação disponível, muitas vezes de forma gratuita, mas também pela sua imediatez. O jornalista poupa assim horas de pesquisa em bibliotecas, em outros jornais, etc.

As primeiras experiências do jornalismo online iniciaram-se nos anos 80. O crescimento foi óbvio. Evoluimos assim de um jornalismo de imprensa extraído na íntegra, passando por sistemas de video-texto, hipertexto, atingindo, finalmente, os jornais digitais (informação criada exclusivamente para online). A internet passa assim a ser um poderosíssimo meio de comunicação preveligiado e, muitas vezes, passa a primeira escolha entre os leitores. A instantaneidade, interactividade, actratividade, produção facilitada e distribuição muitas vezes gratuita, são as principais características da Internet. Actualmente, se um jornal não se encontrar online, corre o risco de perder o seu posicionamente no mercado e, talvez, dinheiro.

Jornalismo online é, segundo Hélder Bastos, a utilização da rede "como instrumento privilegiado de contacto com as fontes e de pesquisa de conteúdos”. O ciberjornalismo ou jornalismo digital é a produção de textos jornalísticos "na rede e para a rede".

São várias as características que diferenciam os meios de comunicação social (audiência, tempo, forma de apresentação e distribuição, distância e armazenamento são alguns exemplos). Relativamente à audiência da Internet, os receptores têm o previlégio de poderem encontrar-se em diversos locais do mundo ao mesmo tempo. No toca a recepção, esta é assincrónica, ou seja, a emissão ocorre em tempo diferente. Assim a distribuição é feita de maneira diferente; a distância e o armazenamento não são limitados. As formas de apresentação variam neste novo meio. Os sons, a imagem o texto e o vídeo são usados simultaneamente e complementam-se de forma equilibrada. Usados de forma correcta, não criam violência visual e funcionam como o cartão de visita de cada site. Pelo facto de não haver restrições a nível de espaço, a publicação de notícias mais aprofundadas é permitida. Pela rapidez da circulação de notícias e pela capacidade de resposta facilitada, a actualização dos artigos é uma das grandes apostas deste novo meio e, por isso, é destacada dos outros meios oferecidos. No entanto, a grande facilidade de publicação via net traz uma onda de amadores e empresas que passam a publicar textos de sua autoria que nada têm a ver com a prática jornalística. De modo a manter-se o elevado número de leitores assíduos, a web necessita de permanente actualização não só de conteúdo (é eliminada a periodicidade), mas também a nível gráfico. Assim, as imagens, vídeos, som, cor, hiperligações (que acrescentam credibilidade e objectividade à notícia)e design são constantemente substituídos visando-se dinamismo e melhor organização jornalística.

Mas é a interactividade a melhor característica que define o ciberjornalismo. Proporcionada não só pelas características supracitadas, mas também pelo facto de os próprios leitores poderem participar na própria acção construtiva do site (através da expressãde opiniões, por exemplo). Para além da simples informação de última hora expressa directamente no artigo, os leitores também têm disponível outros links com textos jornalísticos que complementam a informação já dada, contactos de fontes especializadas no tema, etc. Esta também aumenta a agenda de contactos dos leitores, adquire novas fontes e aumenta o grau de exigência de conteúdos e de clarificação de fontes. Com o objectivo de apelar à fidelização de um maior número de assíduos leitores, a interactividade, no entanto, também coloca o jornalista numa situação de bastante vulnerabilidade. A interactividade também pode afectar directamente com o trabalho diário do jornalista na medida em que rouba-lhe tempo na recolha e verificação de notícias pelo facto de tentar agradar o leitor não só na resposta aos comentários mas também em toda a mudança gráfica do site. Surgem assim algumas lacunas de rigor.

São os motores de busca que ajudam o profissional a encontrar a informação necessária. No entanto, é necessário conhecer bem o motor de pesquisa de modo a tirarmos o melhor partido dele (para ele nos dar a informação precisa que desejamos). Relativamente aos motores de busca existem os directórios organizados por pessoas, como o Look Smart. Como vantagem, há um maior controlo da informação que entra, melhor organização e tematização. No entanto, esta base de dados encontra-se muito incompleta. Já os “worms”, como o Altavista, estão sempre actualizados.

Há ainda que ter em conta que o acesso ilimitado à informação pode originará mudanças cognitivas, emocionais e de comportamento. Relativamente às primeiras, “o cidadão poderá deixar de entregar ao jornalista a missão de seleccionar as notícias mais importantes, passando a confiar noutros serviços da Web para esse efeito.” (Granado, António; 2000). O jornalista perde assim o seu poder de gatekepper e os critérios de noticiabilidade são alterados em função dos desejos da sociedade. Parece que tudo o que é publicado na Web é elevado a um estatuto de verdade, conferido apenas pelo seu meio de divulgação – a rede. Este aparente estatuto diminui o papel do jornalista na sociedade e motiva a alterações de atitudes. No que concerne às últimas mudanças, as comportamentais, o papel do jornalista é minimizado e secundarizado pelo facto de uma simples página de um simples indivíduo poder ter mais tráfego do que todo um órgão da comunicação social. “Os jornalistas serão mesmo ncessário no futuro?” (Granado, António; 2000).

É importante ainda referir que, do ponto de vista deste novo jornalista que se formou com a nova era, é considerado mais completo pelo facto de se exigir uma verificação mais cuidadosa das fontes e da veracidade das notícias (através de critérios de autoridade, precisão, objectividade, actualidade da notícia, entre outros).

O jornalista online deve, também, obedecer algumas regras de construção do texto, já tradicionais. O lead deve ser informativo, honesto, simples (de forma a que o leitor apreenda a informação de forma imediata) e, claro, apelativo. Este parágrafo resume a notícia e tem uma função de transição e de explicar ao leitor a importância da história a ser contada. A sua construcção rege-se pela regra dos 5 W´s ingleses – who (quem), what (o quê), why (porquê), where (onde) e when (quando). O restante corpo de texto deve explicar o para quê, como e quanto. Muitos estudos e autores acreditam que os utilizadores deste novo tipo de jornalismo não preferem a velha pirâmide invertida (onde os assuntos iriam diminuindo de importância à medida que se avançava como texto) – algo que vem reafirmar a posição proactiva do leitor.

São vários os problemas éticos que se colocam com o ciberjornalismo. Entre eles destacam-se a má definição entre textos jornalísticos e anúncios; a publicidade muitas vezes despropositada; organizações de duvidoso currículo ou mesmo a criação de textos de opinião que substituem os jornalísticos. Há ainda a possibilidade de se cair no fácil sensacionalismo de modo a agradar às audiências, editores e publicitários. A utilização de informações recolhidas online, emitidas por fontes desconhecidas, também pode causar problemas judiciais no futuro de empresas jornalísticas e aos próprios jornalistas, acusados de apropriação indevida. O contrário também é plausível: jornalistas, plageados por terceiros, também poderão colar processores judiciais aos infractores.


Para mais informação consultar:

http://www.ipv.pt/forumedia/5/13.htm

http://www.bocc.ubi.pt/pag/canavilhas-joao-jornalistas-online.pdf

quinta-feira, 15 de maio de 2008

JAC

Jornalismo Assistido por Computador

JAC (Jornalismo Assistido por Computador) é uma das grandes disciplinas de jornalismo nos EUA. Os seus teóricos estudam o impacto das novas tecnologias no processo noticioso. Por outras palavras, refere-se à relação entre repórteres, computadores e Internet.


É natural que haja uma tendência para confundir JAC com Ciberjornalismo mas estes não são sinónimos. Ciberjornalismo ou Webjornalismo dizem respeito a uma nova maneira de fazer notícias enquanto que o JAC se limita a novas ferramentas usadas para fazer o mesmo jornalismo.


Estas ferramentas têm, muito lentamente, vindo a ser integradas no processo de criação das notícias. Para a História ficará a experiência da CBS durante as eleições presidenciais de 1952 que opuseram Eisenhower a Stevenson. Esta emissora norte-americana usou o programa Remington Rand UNIVAC para prever o vencedor da corrida presidencial.


Contudo, apenas na década de oitenta, com o advento dos microcomputadores, é que estas apareceram nas redacções. Primeiro, foram os próprios redactores que tomaram iniciativa e levaram os seus computadores pessoais. Posteriormente, as redacções renderam-se a estas novas tecnologias, não só com o uso de bases online, mas também com a disponibilização dos seus conteúdos nos sites dos jornais.


Actualmente, o trabalho jornalístico já não vive sem o recurso a estas ferramentas. Destaca-se particularmente a facilidade de acesso a informação mas também a organização desta.


Infelizmente, estas ferramentas também comportam perigos. Exemplos deste perigos prendem-se com o facto de os jornalistas poderem ter acesso a caixas de correio de políticos, a ocultação de fontes ou, pelo constante nascimento de novas e melhores ferramentas multimédia, poderem alterar a mensagem visual de uma simples fotografia. Deste modo, são vários os problemas éticos, de plágio e de privacidade que se levantam com esta nova tendência.


Apesar ter uma implantação muito maior nos E.U.A., o JAC também já é comum em Portugal. Todos os grandes jornais nacionais disponibilizam uma página online e variados serviços de interactividade com o leitor. Apesar de grande parte da chamada “velha guarda” dos jornalistas portugueses só usarem o computador como uma máquina de escrever com memória as gerações mais novas confiam plenamente nestas ferramentas e com elas inovam todo o meio.


Consultar mais informação em:

http://members.optusnet.com.au/~slamble/Why_use_CAR.html

http://www.labcom.ubi.pt/jac/artigos_sobre_jac.html

http://www.fcsh.unl.pt/cadeiras/ciberjornalismo/aula7.htm

http://www.poynter.org/content/content_view.asp?id=5801&sid=26

Queima Porto/Braga




Imagens retiradas de:

http://jpr.icicom.up.pt/
http://www.dicas.sas.uminho.pt/default.aspx?tabid=8&pageid=7&lang=pt-pt&path=Universidade/2008/Enterro%20da%20Gata%2008/Segunda%20Feira¤tstrip=5

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Twitter

Pensado e criado em apenas duas semanas (em S. Fancisco no ano de 2006), o Twitter tem revolucionado a vida de milhões de pessoas a nível global. Este programa, iniciado com uma página de grandes dimensões, de cores simples e apelativas, concede a todos os utilizadores o privilégio de adicionar ou remover os seus amigos da sua página pessoal.

Não só permite-nos manter conectados com os nossos colegas e saber sempre as suas actualizações (adição de novas fotos, nova informação, etc.), como também permite-nos enviar mensagens directas. É ainda permitido personalizar a página ao gosto de cada um. Como grande vantagem, o Twiter é uma plataforma independente. Assim, tanto os cibernautas que detenham o Windows ou um Mac, podem-se manter actualizados.

No entanto, o uso deste programa banalizou-se e passou a ser bastante discutido pela carência de conteúdo relevante nas mensagens enviadas. Perguntas como: "Que estás a fazer?" ou "Estou à espera que a casa de banho fique desocupada" enchem as vias de comunicação da web.
São assim mensagens curtas (onde apenas são permitidos 140 caracteres), transmitidas pela net (no próprio programa, via e-mail) ou pelo telemóvel (o que demonstra o exagero desta nova tecnologia) que ocupam os tempos livres (ou não) dos seus diversos utilizadores.


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Web 2.0 – Controladores da Era da informação ou Marketing?

“A Net tem, obviamente, enormes potencialidades, de lazer e informação, por exemplo. Mas convém, agora que temos esse poderosíssimo instrumento ao nosso dispor, estarmos conscientes dos seus limites.”

João Morgado Fernandes in “Diário de Notícias” a 30/12/2006




O que é a Web? Todos a conhecem mas quando se trata de discutir este tema, na realidade, poucos o sabem definir. Ainda que desactualizados sob o significado deste termo, aparece-nos agora a Web 2.0 que nos vem baralhar e ajudar as nossas vidas uma vez mais.

O termo “Web 2.0” foi criado em 2003 a partir de diversas discussões entre a empresa americana O´Reilley e MediaLive International – empresas especializadas na área da computação. Dale Doughherty, vice presidente da O´Reilley, denotou que durante uma grande crise da Internet, muitas empresas conseguiram não só ultrapassá-la, mas também partilhavam diversos traços comuns. Deste modo nasceu a Conferência Web 2.0, onde especialistas inquiriam se este colapso traria, ou não, uma nova era da Internet. Esta definição tem gerado muita controvérsia pelo simples facto de não ter uma definição explícita.
O principal objectivo do seu criador - Tim O´Reilley -, passa pelo aproveitar da estrondosa aderência à Web. Segundo o autor, aproveitamos “(...) a inteligência colectiva”, conseguindo melhorar aplicativos (determinado software) quanto mais vezes forem utilizados. O usuário passa a participar directamente no proceso de criação.





No entanto, esta revolução não deixa de ser alvo de críticas. Tim Berners-Lee, criador da www, afirma que esta nova versão da Web utiliza componentes tecnológicas criadas muito antes da própria Web ter nascido. Outros declaram que esta é apenas uma técnica de marketing. Vago, subjectivo e abrangente, são muitos atributos que acompanham este termo diariamente.
Não obstante às críticas, a Web 2.0 trouxe um aumento exponencial de conteúdo na Internet; permitiu que utilizadores que antes não publicariam informação devido à complexidade das ferramentas disponíveis, agora o façam rápida e rotineiramente. Assim, as interfaces (soma dos aspectos com os quais os usuários se relacionam com o programa de computador em questão, fornecendo métodos de entrada e saída) obtiveram conteúdo muito mais substancial. Os programas encontram-se agora abertos para todos.

Destaca-se o termo “folksonomia” que caracteriza a nova forma de denominação de sites. Apostando em palavras-chave que sejam facilmente associadas a um site, estes tags transportam-nos rapidamente para o mesmo (o Delicious é um exemplo de um site que utiliza o tagging).

Um outro conceito que está associado à Web 2.0, é o “Beta perpétuo”. Aqui os programas são constantemente melhorados devido à participação activa dos seus utilizadores.
O termo Consumer Generated Media (CGM), caracterizado pelo conteúdo criado e divulgado pelo usuário, encontra-se presente em comentários, blogs, fotologs, grupos e sites participativos (como é o caso do YouTube e da Wikipédia). O CGM tem somando muita mais populariedade que os media tradicionais (como a televisão, a rádio e a imprensa).

O link RSS (really simple syndication) nascido em 1997, permite que os utilizadores de uma página façam assinaturas de forma a não precisarem de acessá-las constantemente para verificação de informação nova. A assinatura permite assim que o utilizador seja notificado sempre que haja mudança de conteúdo da página pretendida.

A web 2.0 tem somando cada vez mais o número de aderências, pelo facto de esta ser vista, também, como uma nova forma de lucro. Aqui, as empresas depositam os seus produtos que individualmente venderiam pouco, juntamente com outros semelhantes, redobrando o número de vendas. São utilizados também serviços, venda de espaço de publicidade, e outros com este fim.

No que concerne ao Jornalismo, a web 2.0 deu opurtunidade para um aumento de participação dos antigos “leitores comuns” (que agoram passam a editores) e melhor hierarquização da informação (os utilizadores votam nos melhores artigos segundo os seus parâmetros). Um óptimo exemplo da aplicação desta tendência é o site Digg, que permite aos leitores registarem publicações noutros sites.

São vários os programas e ferramentas que constituem a Web 1.0 e a Web 2.0. Para melhor percepção das verdadeiras intenções desta nova plataforma, é necessário defini-las:

· Netscape versus Google
A Netscape, segundo Tim O´Reilley, viu a web como uma plataforma. Ou seja, havia o navegador que tudo governava e visava o lucro como objectivo máximo. A Google, ao invés, iniciou-se como uma nova aplicação da web que nunca foi vendida, nunca teve prazos marcados para lançamento de software, licenças ou vendas. Usava-se a net, faziam-se aperfeiçoamentos constantes formando uma base de dados especializada.

· DoubleClick versus Overture e AdSense
A DoubleClick, como a Google, tem como característica principal o geracionamento de dados. Sendo uma estreante em serviços web, esta obriga aos seus utilizadores a concordarem com um contracto formal de venda. Apenas deste modo, este site consegue angariar as grandes empresas que traz lucro. Destaca-se pelo renegar dos anúncios como os banners e os popups, salientando-se textos pouco invasivos.

Relativamente à eBay, podemos vender e comprar toda uma gama variada de produtos, abrangendo todos os preços. Este site funciona apenas como um intermediário e cresce conforme a resposta do usuário (caso queira vender, comprar ou divulgar opiniões). A já fechada Napster revolucionou o mundo da música pelo facto de qualquer downloader poder tornar-se também um servidor aumentando, mais uma vez, a rede.
Akamai versus BitTorrent

Semelhante à DoubleClick, a Akamai especializa-se em negócios com grandes empresas e seus sites, retirando daí a sua maior parte do lucro. Não obstante, não deixa de beneficiar os sites mais fracos que queiram ascender aos do topo. Esta necessita obrigatoriamente de adicionar servidores para aperfeiçoar o seu serviço. Já o BitTorrent aposta no princípio de igualdade tão característico da Web 2.0. Aqui, cada cliente é um servidor podendo aumentar a banda larga e fornecer dados a outros clientes.

Hiperlinks
Comando que nos permite, ao clicarmos, entrar num novo site, abrir um arquivo ou iniciar um programa. Os hiperlinks são considerados fundamentais para a rede pela sua funcionalidade e por aumentarem as deslocações dos usuários, como forma de divulgação. Normalmente apresentam uma frase sublinhada a azul embora possam ter a aparência que desejamos (incluindo imagens).

Yahoo!
Extremamente funcional e interessante, o Yahoo! proporciona-nos uma série de links de trabalhos seleccionados pelos utilizadores, como sendo os melhores ou os seus preferidos. Este site também aposta na criação de diversos tipos de conteúdo.

PageRank
Caracterizada como o líder de busca da Google, a PageRank utiliza como que um catálogo de links da rede, em vez de apenas utilizar as caracteríticas dos documentos.

Amazon
Distingue-se pela existência de suplementos dos seus produtos. Ou seja, os fornecedores da Amazon disponibilizam descrições, imagens de capa e conteúdo editorial não só como técnica de vendas, mas também para maior e melhor informação sobre o produto em causa. Destaca-se ainda por utilizar as actividades dos seus usuários com o objectivo de melhorar o seu motor de busca. Assim os seus concorrentes (como a Barnesandnoble.com) sentem difucldades em conseguir posicionarem-se no mercado de vendas on-line.

Wikipedia
Enciclopédia on-line que demonstra a democratização da nova web pelo facto de qualquer pessoa poder publicar e aceder a informação. Embora tenha uma popularidade imensa, não pode ser considerada muito fiável em termos de fontes.

Mashups
É considerado um serviço com a máxima de combinar dois aplicativos diferentes para a Internet. São experiências recentes promovidas por hackers, no entanto têm vindo a ser adoptados por empresas.

Wikis
Páginas colectivas na Internet onde apenas os seus constituintes podem modificar o seu conteúdo.

Ajax
São várias tecnologias utilizadas com o fim de criar aplicativos interactivos para a Web.

Blog
De baixo custo com a sua publicação na Web, estes pequenos diários pessoais encontram-se disponíveis para milhões de usuários. Aqui pode-se depositar informação textual, fotográfica, audiovisual, hiperligações, etc.

Flirck
Site da Yahoo! onde se colocam e partilham fotografias. Sendo uma rede social, é também permitido a criação de álbuns de armazenamento das imagens supracitadas.

· Google Maps: forma gratuita de pesquisa de mapas e imagens de satélite da Terra. É parte integrante da Google.

· iTunes: reprodutor e organizador de aúdio e vídeo desenvolvido pela Apple. Este programa também permite a compra de arquivos de música digital através do gestor de direitos FairPlay.

Estes são considerados os grandes pilares desta nova Web pelos vários conceitos que transmitem: interactividade, dinamismo, simplicidade e reutilização. No que toca ao último ponto, há que ter em conta a privacidade e direitos dos autores limitando, de certa forma, a cópia dos conteúdos.

Mais sites consultados:

http://www.youtube.com/

http://hrcastro.wordpress.com/2006/12/04/educacao-precisa-de-mais-web-20-diz-mit/

http://www.paulgraham.com/

quinta-feira, 13 de março de 2008

Google Reader

Esta ferramenta nascida a 7 de Outubro de 2005, proporcionada pela empresa Google, permite-nos manter constantemente actualizados dos nossos blogs favoritos (anteriormente subscritos), caso estes tragam nova informação, novas publicações quer sejam mensais, ou mesmo diárias.

Simplificando a nossa leitura, o Google Reader faz uma busca interna poupando-nos tempo que, ao invés de estarmos diariamente a visitar os blogs que desejamos, este deixa esta nova informação (que está a ser constantemente actualizada pelas novas publicações dos blogs subscritos) numa espécie de caixa de entrada especialmente criada para o efeito na nossa própria conta.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Olááááááááá.
Vou almoçaaaaaaaaaaaaaaaaaaar peixinho porque o rui disse que tinha que ser.