Jornalismo Assistido por Computador
JAC (Jornalismo Assistido por Computador) é uma das grandes disciplinas de jornalismo nos EUA. Os seus teóricos estudam o impacto das novas tecnologias no processo noticioso. Por outras palavras, refere-se à relação entre repórteres, computadores e Internet.
É natural que haja uma tendência para confundir JAC com Ciberjornalismo mas estes não são sinónimos. Ciberjornalismo ou Webjornalismo dizem respeito a uma nova maneira de fazer notícias enquanto que o JAC se limita a novas ferramentas usadas para fazer o mesmo jornalismo.
Estas ferramentas têm, muito lentamente, vindo a ser integradas no processo de criação das notícias. Para a História ficará a experiência da CBS durante as eleições presidenciais de 1952 que opuseram Eisenhower a Stevenson. Esta emissora norte-americana usou o programa Remington Rand UNIVAC para prever o vencedor da corrida presidencial.
Contudo, apenas na década de oitenta, com o advento dos microcomputadores, é que estas apareceram nas redacções. Primeiro, foram os próprios redactores que tomaram iniciativa e levaram os seus computadores pessoais. Posteriormente, as redacções renderam-se a estas novas tecnologias, não só com o uso de bases online, mas também com a disponibilização dos seus conteúdos nos sites dos jornais.
Actualmente, o trabalho jornalístico já não vive sem o recurso a estas ferramentas. Destaca-se particularmente a facilidade de acesso a informação mas também a organização desta.
Infelizmente, estas ferramentas também comportam perigos. Exemplos deste perigos prendem-se com o facto de os jornalistas poderem ter acesso a caixas de correio de políticos, a ocultação de fontes ou, pelo constante nascimento de novas e melhores ferramentas multimédia, poderem alterar a mensagem visual de uma simples fotografia. Deste modo, são vários os problemas éticos, de plágio e de privacidade que se levantam com esta nova tendência.
Apesar ter uma implantação muito maior nos E.U.A., o JAC também já é comum em Portugal. Todos os grandes jornais nacionais disponibilizam uma página online e variados serviços de interactividade com o leitor. Apesar de grande parte da chamada “velha guarda” dos jornalistas portugueses só usarem o computador como uma máquina de escrever com memória as gerações mais novas confiam plenamente nestas ferramentas e com elas inovam todo o meio.
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